Sou a Gizela de Brito, nasci em Luanda, a 18 de Novembro de 1965, no início de uma noite de chuvisco manso e fresco.
Sou arquiteta, construtora civil e sócia-gerente de uma empresa de comércio geral e hotelaria. Fui docente, durante 31 anos, nos sistemas de ensino angolano, português e francês. As disciplinas lecionadas foram de artes plásticas, visuais e desenho técnico e específico.
Tenho contos publicados em colectâneas: «Menina-Mulher e a Alma da aldeia» na Colectânea Escritas no Feminino, um conto para adultos; na colectânea Contos Que Contas Tu, «A menina Rosa e as rosas» e, ainda, um conto que me saiu da alma,
«Os Sapatos da Ivone» da coletânea não-comerciável Que Não se Calem as Mãos.
O meu primeiro livro a solo, Os Segredos dos Meninos Mágicos, editado pela Caneta de Estilo com três contos, é publicado a julho de 2024.
Em 2024, ainda possuo mais uma participação, a 2.ª Edição da Colectânea Escritas no Feminino com o conto, Mãezinha Camdombua.
Conto, igualmente, com textos, na Revista Gira Palavra do projeto Rodas Literárias do Brasil: 1.ª e 2.ª Edições (2023 e 2024).
Neste momento, aguardo a saída de mais uma participação numa Colectânea infantil da Editora Trinta Por Uma Linha e dois livros a solo na mesma Editora.
Sou de natureza contemplativa e silenciosa. Decoro a minha escrita com sonhos, formas, sombras, imagens das viagens de carro, objetos e elementos da natureza e da memória dos mais velhos, amigos e familiares.
O país que me viu nascer e outros de África, são a minha maior fonte de inspiração.
O meu universo infantojuvenil é ornamentado com animais da savana, aves, lagos, rios, montes e morros, pedras, árvores, feiticeiros e bruxas, mitos que se tornam reais e lendas que se confundem com a memoria coletiva.
Para mim, o ser humano possui poderes sobrenaturais e em contacto com a natureza adquire uma dimensão mágica.
Tenho a poesia como fiel companheira desde os onze anos de idade.
Já ganhei alguns prémios como o do concurso A Mais Bela Carta de Amor na rádio LAC. Escrevi, muitas vezes, cartas de amor por outras pessoas, o que me motivou a entender as suas vozes, dores, amores, e a pintar, com a caneta, cenários de outras vidas através da escuta.
O encantamento pela imagem levou-me à fotografia.
A imagem fotografada estimula a imaginação e é um elemento indissociável da consistência da minha narrativa.
A imagem também me leva à ilustração, desenho e pintura, e às artes manuais.
Fui enfeitiçada pela leitura em criança, e o «bruxedo» permanece vivo em mim.
A escrita é outro encantamento. A fascinação reflete-se em contos para crianças, jovens e adultos, nos quais as personagens voam, adquirem formas de animais, vivem e escutam os sons dos campos, metamorfoseiam-se e cantam como os pássaros.
Não consigo distinguir o real do imaginário: eles convivem inseparáveis.
Durante muitos anos, escondi os meus rabiscos em gavetas, livros de ponto e baús trancados.
Hoje, propus-me ousar e deixar as minhas palavras voarem por aí, para outros as lerem.
Encaro o meu sonho como uma tarefa comum.
Vem conhecer o meu mundo, dialogar e voar comigo, como um leão, chacal ou pavão, que adquirem asas e pretendem alcançar o horizonte.
Reservo e nutro os meus sonhos, pelas artes e literatura, com a mesma ternura e intensidade com que cuido dos meus amores.
Gizela de Brito
SOBRE MIM
Gizela de Brito
A Sussurradora d'Estórias
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